

Casimiro de Abreu é um município do interior do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Está a uma altitude de 17 metros. Município litorâneo, Casimiro de Abreu é um polo de turismo ecológico e rural: rios, cachoeiras e mar são suas grandes atrações. A história do município de Casimiro de Abreu está diretamente ligada à criação, em 1502, da feitoria de Cabo Frio pela expedição comandada por Américo Vespúcio. Seguindo uma política portuguesa da época, aos capitães vitoriosos nas batalhas contra a invasão estrangeira eram oferecidas sesmarias, para o cultivo e a colonização da terra. Em apoio à feitoria de Cabo Frio, foram criadas no ano de 1616 a Aldeia de São Pedro e a sesmaria de Campos Novos, entre São Pedro e o Rio Peruíbe (Peruibe, é um vocábulo derivado a língua Tupi que significa “Rio de Tubarões”), atual Rio São João. Em 1937 a casa onde residiu o poeta Casimiro de Abreu foi arrematada por Bernardo Gomes, benemérito de Barra de São João e doada ao Governo do Estado do Rio de Janeiro em 18 de setembro de 1958 para ali ser instalada uma Casa de Cultura em homenagem ao poeta, conforme decreto estadual 5.580 de 04 de janeiro de 1957.
Em 31 de março de 1938, por efeito do Decreto-lei estadual nº 392-A, o município de Barra de São João teve o seu nome alterado para Casimiro de Abreu. Em 30 de agosto de 1967 cria-se o Brasão de Armas do município, tendo como datas históricas o ano de 1748 – data da fundação do povoado da Aldeia de Ipuca – e o ano 1938, data da mudança de nome para Casimiro de Abreu. Com a emancipação de Rio das Ostras em 1992, Barra de São João torna-se o único pedaço de litoral do município de Casimiro de Abreu.
O seu Hino é embalado pela poética das suas veredas:
Casimiro de Abreu é poesia
É o hino literato de um saber
É o dourado Sol que irradia
O despertar de um novo amanhecer
Casimiro de Abreu é poesia
É a jovem guarda
É a luz do novo dia
É o despertar do Gigante Viril
Que o mundo conhece
Que se chama Brasil
Veja bem os seus palmeirais
Os sabiás, seus bananais
Os seus campos, montes, cascatas
Suas matas, praias medicinais
Casimiro de Abreu é poesia
É a sinfonia das aves a cantar
Casimiro cidade retiro
Sejam bem-vindos a este lugar


CASIMIRO DE ABREU
Casimiro José Marques de Abreu (Barra de São João, 4 de janeiro de 1839 – Nova Friburgo, 18 de outubro de 1860) foi um poeta brasileiro da segunda geração do romantismo. A localidade onde viveu parte de sua vida, Barra de São João, era ao tempo território de Macaé e hoje distrito do município que leva seu nome, e também chamado “Casimiro de Abreu”, foi batizado na igreja da localidade por isso a homenagem. Recebeu apenas a instrução primária no Instituto Freese, dos onze aos treze anos, em Nova Friburgo, então cidade de maior porte da região serrana do estado do Rio de Janeiro, e para onde convergiam, à época, os adolescentes induzidos pelos pais a se aplicarem aos estudos.
Aos treze anos transferiu-se para o Rio de Janeiro para trabalhar com o pai no comércio. Com ele, embarcou para Portugal em 1853, onde entrou em contato com o meio intelectual e escreveu a maior parte de sua obra. O seu sentimento nativista e as saudades da família escreve: “estando a minha casa à hora da refeição, pareceu-me escutar risadas infantis da minha mana pequena. As lágrimas brotavam e fiz os primeiros versos de minha vida, que teve o título de Ave Maria”.
Em Lisboa, foi representado seu drama Camões e o Jau em 1856, que foi publicado logo depois. Em 1857 retornou ao Brasil para trabalhar no armazém de seu pai. Isso, no entanto, não o afastou da vida boêmia. Escreveu para alguns jornais e fez amizade com Machado de Assis. Em 1859 editou as suas poesias reunidas sob o título de As Primaveras. Tuberculoso, retirou-se para a fazenda de seu pai, Indaiaçu, hoje sede do município que recebeu o nome do poeta, onde inutilmente buscou uma recuperação do estado de saúde, vindo ali a falecer. Foi sepultado conforme seu desejo em Barra de São João, estando sua lápide no cemitério da secular Capela de São João Batista, junto ao túmulo de seu pai.
Espontâneo e ingênuo, de linguagem simples, tornou-se um dos poetas mais populares do Romantismo no Brasil. Seu sucesso literário, no entanto, deu-se somente depois de sua morte, com numerosas edições de seus poemas, tanto no Brasil, quanto em Portugal. Deixou uma obra cujos temas abordavam a casa paterna, a saudade da terra natal, e o amor (mas este tratado sem a complexidade e a profundidade tão caras a outros poetas românticos). A despeito da popularidade alcançada pelos livros do poeta, sua mãe, e herdeira necessária, morreu em 1859 na mais absoluta pobreza, não tendo recebido nada em termos de direitos autorais, fossem do Brasil, fossem de Portugal.
É o patrono da cadeira número seis da Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis.
Aos treze anos transferiu-se para o Rio de Janeiro para trabalhar com o pai no comércio. Com ele, embarcou para Portugal em 1853, onde entrou em contato com o meio intelectual e escreveu a maior parte de sua obra. O seu sentimento nativista e as saudades da família escreve: “estando a minha casa à hora da refeição, pareceu-me escutar risadas infantis da minha mana pequena. As lágrimas brotavam e fiz os primeiros versos de minha vida, que teve o título de Ave Maria”.
Em Lisboa, foi representado seu drama Camões e o Jau em 1856, que foi publicado logo depois. Em 1857 retornou ao Brasil para trabalhar no armazém de seu pai. Isso, no entanto, não o afastou da vida boêmia. Escreveu para alguns jornais e fez amizade com Machado de Assis. Em 1859 editou as suas poesias reunidas sob o título de As Primaveras. Tuberculoso, retirou-se para a fazenda de seu pai, Indaiaçu, hoje sede do município que recebeu o nome do poeta, onde inutilmente buscou uma recuperação do estado de saúde, vindo ali a falecer. Foi sepultado conforme seu desejo em Barra de São João, estando sua lápide no cemitério da secular Capela de São João Batista, junto ao túmulo de seu pai.
Espontâneo e ingênuo, de linguagem simples, tornou-se um dos poetas mais populares do Romantismo no Brasil. Seu sucesso literário, no entanto, deu-se somente depois de sua morte, com numerosas edições de seus poemas, tanto no Brasil, quanto em Portugal. Deixou uma obra cujos temas abordavam a casa paterna, a saudade da terra natal, e o amor (mas este tratado sem a complexidade e a profundidade tão caras a outros poetas românticos). A despeito da popularidade alcançada pelos livros do poeta, sua mãe, e herdeira necessária, morreu em 1859 na mais absoluta pobreza, não tendo recebido nada em termos de direitos autorais, fossem do Brasil, fossem de Portugal.
É o patrono da cadeira número seis da Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis.

