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Laje do Muriaé é um município do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. O nome do município é uma referência a uma grande pedra existente no Rio Muriaé, em torno da qual se teria originado a cidade. Até o século XIX, a região era habitada pelos índios puris. Por volta de 1832, três homens de origem portuguesa, conhecidos como Os Três Josés (José Ferreira César, José Bastos Pinto e José Garcia Pereira) chegaram à região, vindos de Muriaé, iniciando a colonização de origem portuguesa da região. Em 16 de abril de 1889, no período final da monarquia brasileira, a cidade promoveu uma conferência republicana com a presença de Nilo Peçanha. A conferência foi atacada por forças monarquistas, no episódio que ficou conhecido como “as garrafadas de Laje do Muriaé”. Em 1962, Laje do Muriaé emancipou-se do município de Itaperuna.

 

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Laje_do_Muria%C3%A9

ROMERO GARCIA DE FREITAS

Romero Pereira Garcia (Fazenda da Ventania Laje do Muriaé, 07 de junho de 1934 – Niterói, 19 de dezembro 2015), filho de Olavo Garcia de Freitas e Marieta Pereira Garcia. Ele descendentes dos Garcias e ela trineta de José Ferreira César, desbravadores de Laje do Muriaé, o sétimo filho do Casal.

1942 – Matriculado na segunda série, tendo como professora Maria Clara D inizLigiero (Dona Clarinha), para completar o que sua tia Anita tinha começado a ensinar lá na fazenda.

1948 – Seguiu para fazer o exame para a escola Agro Técnica de Barbacena.

1949 – Adoeceu, perdendo o exame, voltou para Laje, foi trabalhar na fazenda.  Ao se ingressar em um time juvenil do LEC em Itaperuna foi observado pelo Dr. Jair de S. Bitencourt, que foi a Laje conversar com seu pai e na saída falou “em Agosto você vai para o C. Bitencourt, não deixe de levar a chuteira.” Nesta época jogou como volante no time de veterano do Estrela Esporte Cube.

1950 – Foi para Itaperuna estudava e jogava no juvenil do Porto Alegre.

1951 – Campeão pelo Porto Alegre, no torneio com início em Retiro derrotando o Comércio Indústria (2×0) e o Retiro na final (1×0) foi maravilhoso ver Dr. Jair sorrindo porque o time teve a base do juvenil, proporcionando grande alegria a Romero de Laje que com grande orgulho jogou algumas partidas amistosa pelo LEC.

1953 – Prestou serviço militar no TG 216, comandado pelo sargento Walfrido, quando jurou a bandeira, recebeu a estrela de tenente.

1954 – Seu pai vendeu a propriedade e mudaram para Niterói, depois para o Rio de Janeiro, Seu pai adquiriu um Posto de Gasolina em Guarus – Campos. Por contato de um amigo de seu tio, foi treinar no Flamengo, com Don Freitas Sholich, não podendo permanecer devido a sua idade (20 anos).  “Pero que uste chegou mui tarde,” disse Don Freitas Sholich, oferecendo cartão para o treinador do Olaria A.C. Delio Neves. Frequentou o Sampaio e jogou pelo clube no campeonato da F.C.F. no Departamento Autônomo por 3 anos.

No dia da missa de 7º dia do Presidente Getúlio Vargas, foi seu primeiro dia de trabalho na firma Lungren Irmãos Tecidos(Casas Pernambucanas), onde trabalhou por 21 anos tendo feito vários cursos profissionalizantes de Processamento de Dados, cargo esse que ocupou por um longo período.  Trabalhou como Assessor Gerente de Produção-BRAHMA DATA na empresa C.C. Brahma Gelada aposentando em 1990. Em 1991 a convite de um antigo e amigo Gerente da Brahma volta a trabalhar nas revendas da Brahma pelo Estado do Rio inclusive em Itaperuna.

1959 – SEU MUNDO NO SAMBA – escreveu um samba intitulado Poeira para o Luiz Tâmara desfilar com a Escola de Samba Unidos do Rosário, esse samba foi por 8 anos enredo da Unidos do Rosario. Depois vieram muitos outros sambas mais ou menos nesta ordem: Brado da Liberdade, Cidade Menina, Quatro letras de Ouro, A festa da Padroeira, O amor a Harpa e a Lira, O Reino do Faz de Contas, Carnavais dos Carnavais (para a Escola de Samba GRESUL), Tacuruã, O Boi e a Folia, Rio Muriaé, Lua, Amigo de Fé, Domínio da Mulher (para a GRESUL), História do LEC (para a GRESUL), Maria Carrero, Lambari, e outros. O samba José Arrastado é outra coisa, foi acontecimento diferente é uma corrente superior em outro plano, disse Romero.

1977 – Recebeu convite de Marcio e Carlos Wagner Goulart para compor um samba para a Escola de Samba de Niterói – Unidos da Mem de Sá .

1979 – Em uma disputa de samba enredo na Mem de Sá, conheceu alguns compositores do Acadêmico do Salgueiro do Rio que concorriam em Niterói, recebeu um convite para entrar na Ala de Compositores do Salgueiro onde ingressou em 1979 e cumpriu 3 anos de estágio, concorrendo pela primeira vez em 1983 no enredo Caricatura. Tendo como autores Carlos Vanutti e Lan, artista conhecidos da rede Globo. Disputou com seus parceiros (Paulo Negão e Paulinho Valente), foram até a final, Perderam para o Bala e Celso Trindade numa disputa emocionante com 10.000 pessoas na quadra.

1984 – Em um enredo do grande Haroldo Costa (skindôskindô) outra final perdeu para Davi Correia e Jorge Macedo. Esta derrota me arrasou, meu samba era favorito e querido da maioria dos salgueirenses, pedi licença por 4 anos, ressaltou, Romero.

1989 – Voltou a concorrer no enredo (Templo Negro em tempo de Arte Negra), tendo como parceiros Moacyr Cimento e Odeamim Jose. Ficaram na semifinal.

1992 – No enredo (Café no Morro do Salgueiro) tendo Demar Chagas e Flavio. Disputaram outra final e perderam para Tiãozinho e Bala, encerrou sua atuação. Como compositor do Acadêmico do Salgueiro, continuou frequentando a escola em alguns eventos como salgueirense. Continuando compor para a Escola de Samba Unidos do Rosário e Gresul de Laje do Muriaé, sambas de botequim e marchas para bloco de Laje (Estrela Brilhante). Nesta trajetória de sambas – conviveu com antigos grandes amigos e fez novos amigos em Laje.

2015 – Romero de Laje, que sempre teve a cidade de Laje do Muriaé impregnada nos versos e na alma, com o objetivo de prestar mais uma homenagem aos lajenses compôs o seu último samba para a Escola de Samba GRESUL, em 2015, quando já estava com a saúde debilitada e veio a falecer em Niterói no dia 19 dezembro de 2015. Além dos sambas e Marchas de carnaval Romero de Laje deixou uma crônica escrita inédita que fará parte futuramente do seu livro.

Primeiro Samba de Romero de Laje para a Escola de Samba Unidos do Rosário

POEIRA

Quem diz que na Laje não tem samba
Falou demais sem razão
Na Laje tem uma escola
que levanta a poeira do chão
Ô levanta poeira do chão
Ô levanta poeira do chão
com a turma no compasso
o tamborim na marcação
Ô levanta a poeira do chão
Ô levanta poeira do chão

Compositor: Romero Garcia (o Romero de Laje).

Ano: 1955

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