Porciúncula costuma ser considerada um vale. Dadas à proximidade com as fronteiras com Minas Gerais e Espírito Santo, já foi considerada parte de três estados. Durante os primórdios do período colonial português, o Brasil esteve dividido em capitanias hereditárias; o território que forma o atual Município de Porciúncula coube a Pêro Góis da Silveira. Até início do século XIX, as terras que hoje compõem o Município de Porciúncula mantiveram-se fora das correntes colonizadoras, estando sua origem e evolução muito ligadas ao crescimento de Itaperuna (RJ). Seu desbravamento verificou-se entre os anos de 1821 e 1831, quando José Lanes (ou Lana) Dantas Brandão fixou-se na zona do Rio Carangola, nas proximidades da atual Cidade de Natividade, desencadeando um fluxo migratório para quase toda a área que constitui, hoje, a região Noroeste Fluminense.
O progresso econômico e social verificado nessas terras logo chamou a atenção de autoridades civis e eclesiásticas, pois a população que crescia a cada dia, começava a reclamar assistência material e religiosa. Assim, no ano de 1879, foi criada a freguesia de Santo Antônio do Carangola, ainda em terras do Município de Campos, das quais se separou em 1885, passando a fazer parte do então recém criado município de Itaperuna. Santo Antônio do Carangola teve seu nome mudado para Porciúncula, e, em 1947, foi criado o município do mesmo nome, desligando-se do território de Itaperuna. Seu nome homenageia José Tomás da Porciúncula, primeiro governador do Estado do Rio de Janeiro eleito no período republicano.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Porci%C3%BAncula
GÉRZIO BARRETO CALZOLARI
Filho de Jorge Calzolari e Guiomar Barreto Calzolari, GÉRZIO BARRETO CALZOLARI nasceu no dia 25 de novembro de 1933. Apaixonado pelas artes e esportes, praticou voleibol e patinação na juventude, esta última atividade, até idade avançada já com suas netas. Tocava teclado, cantava no coral da igreja e em festivais de música na cidade juntamente com sua esposa como atrações especiais. Historiador inato, montou toda a História de Porciúncula através da iconografia a partir de um esmerado trabalho de pesquisa tão contagiante que contou com a ajuda da população através de doações e/ou registros fotográficos, os quais foram acrescidas fotos que ele mesmo tirava. Sr. Gérzio fotografava tudo! Este material foi ofertado ao seu filho Aurélio que, posteriormente, fez a doação do mesmo ao Centro Cultural Dr. Edésio Barbosa da Silva. Atualmente, todo este material faz parte do acervo do Centro de Memória Gérzio Barreto Calzolari, inaugurado no ano de setembro de 2021 em sua homenagem. Autodidata em línguas estrangeiras, foi professor de inglês no Colégio Estadual local. Admirador e perfeccionista na Língua Portuguesa, ao ponto de sair de casa com um pincel e uma latinha de tinta para corrigir as placas indicativas e de trânsito na nossa cidade que, por ventura estivessem com algum erro gramatical ou de ortografia. Sempre fez questão de manter viva para seus familiares a história de seus antepassados italianos vindos para o Brasil e de como se distribuíram na América Latina, mantendo contato através de cartas com todos da Itália e Argentina, passando obviamente pelo Brasil. Foi, certamente, o elo de toda esta família espalhada pelo mundo afora! E para a comunidade, sempre pesquisou sobre as famílias locais que iniciaram e construíram o nosso município. Sr. Gérzio, também era um aventureiro. Adorava banhos de rio, cachoeiras e o convívio com a natureza em passeios pela região. Era um amante da música e dos artistas de Hollywood mantendo contato com fãs clube para sua coleção de fotos autografadas destes artistas. Tornou-se um cinéfilo e conhecedor do cinema hollywoodiano. Gravava em seu aparelho de vídeo cassete filmes clássicos e os transformava em versões compactadas. Adorava apresentar aos netos e netas os clássicos do cinema em preto e branco. Era uma festa, as crianças adoravam ficavam encantadas… Foi um grande contador de histórias, sempre recebendo em sua casa ou indo às escolas para falar sobre a história da região. Mesmo com sua idade avançada, ainda tinha sempre uma boa memória contar. Faleceu em 16 de junho de 2019, deixando esposa, 4 filhos, 8 netos e 2 bisnetas, além de muita inspiração às futuras gerações enquanto exemplo de amor à terra natal. Para sempre será lembrado como um ser humano alegre, amante de Porciúncula, um “patriota de município”.